Por John M. Frame |
Os sentidos são, por vezes, confiáveis, por vezes pouco confiáveis. O mesmo é verdade para a razão e todas as faculdades humanas. A Escritura reconhece as limitações dos sentidos em 2 Reis 3, mas reconhece o valor positivo do senso-conhecimento em 1 João 1:1-4.
A conclusão, eu acho, é que Deus não nos criou para adquirir conhecimento pelos sentidos sem a razão ou a razão sem o sentido. Ambos estes (e outras) faculdades devem ser utilizadas em conjunto. Não são os sentidos ou a razão que trazem conhecimento, mas a pessoa humana que ganha conhecimento através de seus sentidos e da razão.
Claro que, como Clark e Van Til tanto enfatizou, nós ganhamos o conhecimento infalível apenas por sujeitar nossos sentidos e razão pela Escritura. Mas, é claro, para descobrir o que está na Escritura precisamos de ambos, os nossos sentidos e nossa razão. O que acontece é que chegamos a ler a Escritura pelos nossos sentidos e interpretá-lo por nossa razão. Então, quando nós sabemos o que a Escritura diz, procuramos conformar o nosso senso-conhecimento do conhecimento das Escrituras.
Notas:
*Perspectivismo: a teoria perspectivista demonstra que se pode entender o conhecimento de três maneiras: como conhecimento de uma norma de Deus (perspectiva normativa), como conhecimento de nossa situação (perspectiva situacional) e como conhecimento de nós mesmos (perspectiva existencial). Não se pode adquirir adequadamente nenhum deles sem os outros. Cada um deles inclui os outros. Portanto, cada um deles é uma "perspectiva" do todo, do conhecimento humano completo.
Fonte:
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